18/07/2017

Lobos infiltrados no rebanho

➡ Estudo do livro de Juízes Capítulo por Capítulo. Jz 4.4. Ora, Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela se assentava debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ter com ela para julgamento.

A responsabilidade de julgar as demandas do povo era entregue, normalmente, nas mãos de homens, mas havia excessões e Débora foi uma delas. Os juízes surgiam, quando o povo era atormentado por algum grupo armado que escravizava um povo encolhido. Israel estava em Canaã com a missão de dominá-la, mas quando se afastava do Senhor, caia nas mãos de atormentadores. Um destes era Jobim, possuidor de uma considerável força bélica, com a qual oprimida o povo.

Quando cedemos aos costumes da terra, enfraquecemos e nos tornamos vulneráveis. Durante a história de Israel e mais modernamente, durante a história da Igreja, vários destes grupos se infiltraram entre nós. Um destes encontrou sua porta de entrada na nossa cobiça e logo produziu pregadores da prosperidade, cujo verdadeiro intento é usurpar nossos recursos prometendo retornos mirabolantes.

Outros se infiltraram em nossos sonhos de grandeza oferecendo domínio político/religioso. Nos apresentaram uma Bancada Evangélica, que facilitaria esta conquista, derrubando a doutrina reformada de separação entre Igreja e Estado. Libertadores, como Débora nos avisaram do perigo que este tipo de gente representa, mas fizemos de conta que não ouvimos.

Quando nos envolvemos com a secularização, os humanistas ganharam espaço e ofereceram uma opção filosófica que promete salvação para todos. Atraindo para debaixo de suas asas, pessoas, que querem conservar sua religiosidade, mas sem mudança de vida. Afinal, se todo mundo vai ser salvo, para que mudar o nosso comportamento permissivo? É exatamente aqui se infiltrou o Universalismo Soteriológico.

A mente humana está preparada para criar variantes religiosas que se encaixam em todos os gosto e tendências, colocando multidões debaixo de seu controle. A religião do medo, apresenta a fidelidade cega aos seus líderes como o caminho para a sua salvação. Há os que desviam de nós a responsabilidade da culpa colocando-a em cima de demônios, pressões sociais, indiferença paterna, provocações, más companhias, circunstâncias, etc.
Muitos encontraram espaço na liderança dando a seus líderes supremos, títulos bíblicos como apóstolos, bispos, pastores, profetas, etc.

Um abismo atrai outro e assim surgiram grupos dizendo, que a vitória é conquistada mediante a adoção de costumes liturgicos mágicos, amuletos, palavras libertadoras, intermináveis rituais exorcistas e posturas ritualísticas. Usam expressões bíblicas capazes de convencer um povo raso de que são representantes de Deus.

Tudo isso não passa de religiosidade, construída para atrair público, fideliza-los e trazer um falso alívio para a pesada carga de pecados acumulada em suas consciências.

Do lado oposto a tudo isso, temos o cristianismo, de essência bem mais simples: Venham a mim os cansados e oprimidos, pois quem vier, não jogarei fora, mas esteja disposto a beber do mesmo cálice amargo que bebi, e a enterrar o velho homem cuja morte foi celebrada na Cruz. Segundo Jesus, quem acreditar nisso, será salvo.
A Igreja é um Corpo dotado com um sistema imunológico capaz de detectar vírus doutrinários destruidores, assim como Israel possuía seus juízes e profetas. Sua existência é toda direcionada para proteção e livramento do povo de Deus. Em muitos casos, porém a atividade imunosupressora suplanta a ação de libertadores. Mas que venham as Déboras, os Samuéis e os Sansões.

Jesus aludiu a existência de doenças auto imunes, que tomam conta do corpo, danificam o seu sistema de defesa e fazem com que o Corpo se volte contra si mesmo. (Leit.comp Lc 11.47-49). "Ai de vós! porque edificais os túmulos dos profetas, e vossos pais os mataram. Assim sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais; porquanto eles os mataram, e vós lhes edificais os túmulos. Por isso diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns, e perseguirão outros; para que a esta geração se peçam contas do sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo, foi derramado".

Me parece que esta cena tende a se repetir com novos roteiristas e novos protagonistas, mas com o mesmo enredo.

UbiraCrespo

#liderança #eclesiologia #Bíblia

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