Para início de conversa vou declarar que a morte não é uma tragédia. Não para quem entregou seu coração para Jesus, e sabe onde passará a eternidade.
Envelhecer, para quem conhece apenas a dimensão mais carnal da vida, é um desmonte progressivo de peças do seu corpo. Como diz a Bíblia (é canseira e enfado). Para estes o título "melhor idade" é gozação.
Para quem conhece a Jesus, a morte é a libertação de um corpo que já não permite manobras radicais e projeções ousadas.
Esta é a minha experiência, de quase todos os dias. Mesmo assim, gosto de viver e não faço nenhum esforço para me livrar desta maravilha, que é viver. Vivo intensamente aquilo que resta do que esta caixa de carne e osso, ainda pode carregar hoje. Sei que amanhã sua capacidade de armazenamento se reduzirá ainda mais. Não tenho motivos para acrescentar preocupações à minha alma, que ainda se renova.
Perder o corpo é inexorável e preciso me adaptar ao espaço e aos potenciais que ela ainda consegue me fornecer, pois bem lá dentro de mim, onde o corpo não possui muita influência, não sou menos do que era antigamente, na realidade sou mais. Ali está porção mais significativa de mim mesmo. Isto sim, levarei comigo para a eternidade.
O que o incrédulo, que não têm está esperança carrega é só a canseira e o enfado. Dentro de mim vai a esperança, o amor por Jesus e muitas outras qualidades desenvolvidas com o tempo. O meu EU que se renova está a espera de um corpo, que será uma verdadeira caixa de surpresas e um grande parque de diversões.
Ubirajara Crespo
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