28/11/2016

Ensino dramatizado no Tabernáculo. O script é bíblico


“Disse também o Senhor a Moisés: “Esta é a regulamentação acerca da purificação de um leproso: Ele será levado ao sacerdote, que sairá do acampamento e o examinará. Se a pessoa foi curada da lepra,” (Levítico 14:1-3)

Lepra era um termo genérico usado para definir a várias doenças de pele, incluindo a lepra. Cabia aos sacerdotes diagnosticar a enfermidade e fazer o seu acompanhamento até a sua cura total. A cerimônia narrada é uma cena, durante a qual, ficaria claro para a vítima e para toda a sociedade, que o drama passado pelo portador da doença, chegou ao seu final. Ficava claro, também, que estaria livre do período de confinamento ao qual se submeteu durante o tempo determinado pela lei. Era equivalente ao que hoje conhecemos como uma alta médica. Uma festa capaz de marcar a sua volta ao convívio social. 

Como ocorria com as demais cerimônias, havia uma finalidade didática onde o método utilizado era a dramatização, e Diga-se de passagem, um dos mais eficientes métodos de ensino já inventado. Não ficamos com o ritual, nem com o script, mas com o princípio ali representado.

Duas aves se transformavam nos principais protagonistas deste método de ensino. “o sacerdote ordenará que duas aves puras e vivas, um pedaço de madeira de cedro, um pano vermelho e um ramo de hissopo sejam trazidos em favor daquele que será purificado.” (Lv 14:4). As aves precisavam ser puras, excluindo da cerimônia todas as aves consideradas imundas. Visto que o ritual era sagrado, não deveria ser contaminado com o mesmo tipo de ave usado em rituais profanos. Do tipo que se alimentava com carne podre, vivia em cavernas e gostava da escuridão.

Nosso coração é iluminado, diagnosticado e tratado. Hoje chamamos este processo de Cura Interior. Fazem parte do processo o arrependimento, o afastamento de ambientes, hábitos e sentimentos contaminadores.

Uma das aves era sacrificada em água corrente, próxima à sua fonte. Este gesto aponta para o tempo em que o leproso estava contaminado com a morte e o sangue doente é tirado do seu corpo e corre para longe dele ao se misturar com a água corrente. Isso também nos faz lembrar das palavras de Jesus, que se apresentou como a fonte da vida, aquele que veio para retirar de nós, o pecado que veio para matar e para diluir seus efeitos contaminadores. A água parada não purifica, antes se torna um ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias.

A segunda ave era ser solta para voar livre. O simbolismo aqui é rico, fala de libertação. As duas aves simbolizam duas fases da vida de um ex leproso. A primeira lhe faz lembrar do grande peso que carregava sobre suas costas. Esta impressão era sentida ao ver a agonia da ave ao morrer. Ela o substituiu na morte, passando por tudo o que deveria ocorrer com ele. A outra ave aponta para um futuro no qual poderia viver liberto do confinamento e livre para voar. Sensação de liberdade é o que sentimos ao ver uma ave voando livre pelos Céu.

Ubirajara Crespo 

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